Flipped




Direção: Rob Reiner
EUA, 2010, 90 min.
Assistido em: 28/03/2011


  Cotação:


   
   Em "Flipped" somos apresentados a Juli Baker e Bryce Loski, vizinhos desde  os 7 anos de idade que aparentemente mantém uma relação de amizade, mas logo percebemos que Bryce se sente perseguido por Juli enquanto a garota é "apaixonada" por ele.
   Inicialmente o filme aparenta ser mais um daqueles clássicos de romance adolescente como "Meu primeiro amor" ou "Abc do amor" com trama simples e previsível, mas surpreende pela forma como o roteiro se desenvolve, mostrando as idas e vindas do relacionamento de Juli e Bryce nos pontos de vista masculino e feminino, detalhe que torna a trama interessante e envolvente.
  Destaque para os atores mirins Madeline Caroll e Callan McAuliffe que são muito carismáticos e conquistam facilmente o espectador e ainda para a escolha da música "Hey Baby" de Bruce Channel que toca em uma das cenas e faz parte da trilha sonora do clássico "Dirty Dancing - Ritmo Quente (1987)".






Hey baby - Bruce Channel



Sei onde fica o paraíso



Reino Unido, I know where i'm going, 1945, 88 min.
Assistido em: 27/03/2011


  Cotação:



   Joan Webster (Wendy Hiller) é uma mulher decidida que planeja todos os detalhes de sua vida, inclusive seu casamento com um industrial muito rico, até o momento em que percebe que existem coisas que não podem ser controladas como a natureza, que a impede de chegar na ilha de Kiloran para seu casamento, e seus próprios sentimentos, despertados por Torquil MacNeil (Roger Livesey), verdadeiro dono de Kiloran.
   Com uma trama simples, "Sei onde fica o paraíso" nos faz viajar por belíssimas paisagens escocesas, pelas crenças de um povo e mesmo com final previsível  nos envolve numa atmosfera densa que embala a chegada de Webster a ilha e nos apresenta a uma mulher  que se nega a crer em tudo e acredita ser dona de seu próprio destino em plenos anos 40.
   Enfim, um excelente clássico de Michael powell e Emeric Pressburger  que merece ser apreciado por todos que gostam de cinema.







Reino Animal





Direção: David Michôd
Austrália, Animal Kigdom, 2010, 113 min.
Assistido em: 24/03/2011

  
 Cotação:




   O filme acompanhará Joshua (James Frecheville), um garoto de 17 anos que perdeu a mãe depois de uma overdose indo morar com seus tios, todos traficantes e com sua avó, chefe dessa família que mantém uma relação de amor quase incestuosa com seus rebentos e não hesitará em eliminar qualquer um que os prejudique, inclusive o jovem neto. 
   Sem cenas de ação ou grandes perseguições policiais, a trama se dedica a mostrar  a dinâmica das relações no mundo do crime em que não cabe sentimento algum, senão o da sobrevivência.
    Dirigido pelo estreante David Michôd e vencedor do prêmio do júri no Festival de Sundance, Reino Animal consegue envolver e chocar o espectador pela frieza dos personagens que tratam a vida e as relações como coisas descartáveis extravasando seus sentimentos em poucas cenas, ainda assim contidamente.
    A atriz Jacki Weaver, intérprete da avó de Joshua, concorreu ao Globo de Ouro e foi indicada ao Oscar desse ano como Atriz Coadjuvante perdendo o prêmio para Melissa Leo.




Elizabeth Taylor


* 27 de fevereiro de 1932
+ 23 de março de 2011





   Morreu hoje aos 79 anos, vítima de insuficiência cardíaca congestiva, a atriz Elizabeth Taylor, estrela de vários filmes como Cleópatra (1963) e Quem tem medo de Virgínia Woolf? (1966), filme que lhe garantiu um dos seus dois Oscars como melhor atriz.
   Taylor vinha desde 2004  lutando contra a doença que a vitimou e estava internada desde fevereiro num hospital em Los Angeles tratando de problemas cardíacos.


Filmografia (Principais filmes)

  • A Mocidade é Assim Mesmo (1944)
  • Um Lugar ao Sol (1951)
  • Assim Caminha a Humanidade (1956)
  • A Árvore da Vida (1957)
  • Gata em Teto de Zinco Quente (1958)
  • De Repente, No Último Verão (1959)
  • Disque Butterfield 8 (1960)
  • Cleópatra (1963)
  • Quem Tem Medo de Virginia Woolf? (1966)
  • A Megera Domada (1967)


Elizabeth Taylor como Cleópatra




Uma noite fora de série




Direção: Shawn Levy
EUA, Date night, 2010, 88 min.
Assistido em: 21/03/2010


 Cotação:
   Tudo começa quando o casal Phil (Steve Carell) e Claire Foster (Tina Fey), entediados com a rotina do casamento decidem ter uma noite diferente com o objetivo de melhorar a relação. E para que isso aconteça roubam uma mesa reservada em um restaurante badalado sendo confundidos com um casal de chantagistas e ameaçados por bandidos. 
   O fato é que a proposta do filme é fazer rir e isso acontece em raríssimos momentos. Fey e Carrell têm uma boa química em cena, parecendo estar bem a vontade em seus papéis, mas não conseguem salvar um roteiro que não equilibra comédia e drama resultando em situações clichês e piadas sem efeito.
   Enfim, Uma noite fora de série mesmo com boas cenas de ação e o carisma de Fey e Carell fracassou, pois nenhum filme sobrevive a um roteiro mal escrito e entendiante.




Novidades no amor





Direção: Bart Freundlich
EUA, The rebound, 2009, 95 min.
Assistido em: 20/03/2011


 Cotação: 


  
   Novidades no amor é uma típica comédia romântica em que o romance dos protagonistas é embalado por situações constrangedoras e até improváveis.
   O filme nos leva a conhecer Sandy (Catherine Zeta-Jones), uma mãe super protetora que achava ter um casamento perfeito até descobrir a traição de seu marido. Após divorciar-se, ela se muda para o centro de Nova York com seus dois filhos, arranja emprego e conhece Aram (Justin Bartha) que se torna o "babá" de seus filhos. O resultado dessa trama todos conhecem, o casal se apaixona e encontra empecilhos na relação que nesse caso são as dificuldades enfrentadas num relacionameto em que a mulher é bem mais velha que o homem.
   De modo geral, a comédia supera a falta de entrosamento de Zeta-Jones e Bartha e as falhas de roteiro, garantindo boas risadas, destaque para o casal mirim que interpreta os filhos de Sandy e são responsáveis pelos melhores momentos do filme.









Doce Vingança






Direção: Steven R. Monroe
EUA, I spit on your grave, 2010, 107 min.
Assistido em: 19/03/2011



Cotação:



   O filme começa com a viagem da escritora Jeniffer Hills para um lugar tranquilo e isolado com o objetivo  de escrever seu novo livro. Depois de ser violentada por um grupo de pervertidos da região, ela tem a oportunidade de se vingar.
   As cenas do estupro são muito fortes e até sufocantes, destaque para a excelente atuação de Sarah Butler que dá bastante credibilidade ao sofrimento.
   As sequências de tortura são muito boas, bem exageradas, lembram o filme Jogos Mortais e outros filmes de horror e o resgate de algumas falas da primeira parte do filme nos momentos de tortura lembram o espectador de que a violência não é gratuita.
    Inspirado no filme A vingança de Jenifer (1978), Doce vingança não causa tanta polêmica nos dias atuais quanto seu antecessor, mas vale a pena ser assistido, pois mesmo com algumas falhas e sua previsibilidade consegue prender o espectador até o final.









Dr. House - Primeira e Segunda Temporadas




Criador: David Shore
EUA, House M.D., 2004 (Primeira temporada) e 2005 (Segunda temporada)
Produtora: Fox
Assistido em: 2009


  Cotação:




   O que falar de uma série que é sucesso em vários países? Para começar estamos falando de uma série médica diferente das produzidas anteriormente, pois temos um médico nada carismático, mau humorado e com um comportamento anti-social como protagonista, esse é o Dr. House vivido talentosamente por Hugh Laurie. Com ele temos mais um grupo de médicos, Dra. Cameron (Jeniffer Morrison), Dr. Chase (Jesse Spencer) e Dr. Foreman (Omar Epps) que o auxiliam no diagnóstico e cura de casos extremamente raros e difíceis de diagnosticar.  .
   Ainda conhecemos a Dra. Cuddy (Lisa Edelstein), diretora do hospital Priceton e Dr. Wilson(Robert Sean Leonard), único e melhor amigo de House.
   O diferencial da série está justamente no fato do protagonista não ter que nos agradar, ser extremamente sincero mesmo que isso magoe alguém, questionar a existência de Deus mesmo criticando os ateus, chamar a si próprio ironicamente de aleijado e ser seguro de seus objetivos e idéias colocando em jogo a vida do paciente para conseguir o diagnóstico correto. Ele cria um distanciamento dos outros porque não pode ser enquadrado em tipos sociais conhecidos e isso o credencia a dizer o quer, pois a sua personalidade é caracterizada pelo desprezo ao pensamento dos outros. 
   Na primeira temporada temos a apresentação dos personagens e da personalidade de House como um modo de familiarizar o espectador com o estilo da série que sempre começa com  as pessoas que irão ficar doentes e serão encaminhadas para a avaliação do protagonista. Com o decorrer dos  episódios conheceremos detalhes da vida pessoal desses médicos e poderemos tomar conhecimento de algumas das experiências que tornaram  House tão mal humorado como o acidente cardio-vascular que o deixou manco e com dores crônicas tonando-o dependente de "Vicodin".
   A segunda temporada se dedica ao aprofundamento no comportamento desses personagens e ao amadurecimento dos médicos que passaram por tantas experiências, inclusive a difícil convivência com House. Os casos médicos ficam ainda mais interessantes e os dilemas éticos da profissão ganham boas discussões.
  Enfim, é uma série que deve ser vista pela qualidade do roteiro, das atuações e pela a interpretação marcante de Hugh Laurie que nos faz amar e ao mesmo tempo odiar o Dr. House.








Tema de abertura "Dr. House" - Teardrop do Massive Attack

Comer Rezar Amar




Direção: Ryan Murphy
EUA, Eat Pray Love, 2010, 133 min.
Assistido em: 14/03/2011

 Cotação:



[Com spoilers!!!!]

   
   Com roteiro de Ryan Murphy e Jennifer Salt e inspirado no livro de Elizabeth Gilbert, "Comer rezar amar" em nenhum momento foge do que foi proposto em seu título. Em sua primeira parte é bem dinâmico mostrando cenas belíssimas de Roma e seus pratos típicos que Liz, personagem carismática  de Julia Roberts, degusta quase como um ritual de purificação pelo prazer. Os italianos mesmo caricatos são muito divertidos e o bom termina aí, pois nas partes posteriores quando a personagem desembarca na Índia para meditar (rezar), se torna enfadonho e lento. Na viagem para Bali, logicamente para encontrar um amor, o charmoso Felipe  vivido por Javier Bardem, a química entre os personagens não flui e o relacionamento é pouco convincente.
   Ao assistirmos o filme, sentimos vontade de viajar, esquecer todos os problemas e refletir sobre a vida, afinal a busca de um sentido para a existência é algo comum aos seres humanos, o que dá uma certa saciedade espiritual ao espectador, pois escutamos tudo o queremos ouvir, mas o resultado não é bom pois  a narrativa se transforma numa seleção de frases clichês que lembram os livros de auto-ajuda. 
   A atuação de Roberts convence em algumas cenas dramáticas, mas não transparece  o crescimento espiritual que justificaria esse passeio turístico senão pela simples covardia de não querer enfrentar a vida.
   Enfim, é um filme bom senão refletirmos sobre algumas questões e nos deixarmos envolver pela atmosfera de viagem, renovação espiritual e romance que nos é oferecida e vem ao encontro dos nossos desejos.







Cisne Negro




Direção: Darren Aronofsky
EUA, Black swan, 2010, 103 min.
Assistido em: 12/03/2011

   Cotação:




   Dirigido por Darren Aronofsky, “Cisne Negro” tem em sua trama obsessão, inveja e intrigas, enfim todos os sentimentos destrutivos que poderiam brotar ou se acentuar no ser humano em busca da perfeição. A bailarina Nina (Natalie Portman) se vê diante de todos esses sentimentos quando é escolhida como protagonista de “O Lago dos Cisnes”de Tchaikovsky , ao mesmo tempo em que a primeira bailarina da companhia se aposenta. 
   Ao ser desafiada pela complexidade de interpretar o cisne negro que essencialmente é sensual e maldoso já que o cisne branco é a representação frágil da sua personalidade, Nina se entrega ainda mais a busca pela perfeição resultando num surto psicológico em que a realidade em muitos momentos só existe na mente dela, tudo agravado pela relação sufocante que tem com sua mãe. Afinal, como se libertar no palco sem se libertar na vida?
   Além de tudo surge uma rival, Lily (Mila Kunis), totalmente oposta a fragilidade de Nina e livre como ela almeja ser, o que apimenta ainda mais o jogo de intrigas e as paranóias da bailarina.
   O filme de Aronofsky é excelente pelas cenas que acompanham energicamente os movimentos da bailarina transparecendo seu exaustivo esforço, pela forma como insere o espectador nos delírios da personagem e pela força dramática que envolve até o último minuto.
   O elenco está muito afinado e Natalie Portman, ganhadora do Oscar de melhor atriz faz uma interpretação brilhante. Um dos melhores filmes de 2010 e obrigatório para os amantes do cinema.







    







O abrigo





Direção: Måns Mårlind e Björn Stein
EUA, Shelter, 2010, 112 min.
Assistido em: 13/03/2011

  Cotação:




[Com spoilers!!!!!]
  
   O filme começa muito bom, com uma proposta de suspense em que os fatos estranhos poderiam ser explicados pela ciência ou pela religião. Infelizmente não é isso que acontece,  todas as discussões interessantes geradas por um confronto entre os pontos de vista religioso e científico são abandonadas e os acontecimentos estranhos se tornam sobrenaturais, momento em que a trama se perde totalmente.
   Resumidamente, o filme começa quando Cara Harding (Julianne Moore), uma psiquiatra cética que faz diagnósticos de perturbações mentais, conhece David (Jonathan Rhys Meyers), um paraplégico aparentemente comum que assume outra personalidade, Adam, um daltônico e depois outras personalidades, pessoas conhecidas por Caroline e  já mortas. Alguma explicação para a incorporação de pessoas mortas? Tentam dar uma explicação que envolve bruxaria, mas a verdade é que o roteiro é confuso e no final vc não entende porque aconteceram as tranformações de David e as várias mortes.
   Enfim, "O abrigo" é decepcionante e só merece alguns pontos a seu favor pela boa atuação de Julianne Moore que garante ótimas cenas dramáticas e salva o filme do total fracasso.










O golpista do ano

 


Direção: Glenn FicarraJonh Requa
EUA, I Love You Philip Morris, 2009, 93 min.
Assistido em: 09/03/2011

 Cotação:



   Decepcionante!!! É  a melhor palavra para descrever o  filme de Glenn Ficarra e Jonh Requa. A trama se propõe a ser uma comédia e provoca apenas alguns sorrisinhos e quando tenta ser dramática não desperta nenhuma emoção.
   O roteiro  baseado no livro "Eu te amo, Phillip Morris: Uma Verdadeira Estória de Vida, Amor e Escapadas da Prisão" escrito por Steve McVicker simplesmente não é envolvente ou interessante provocando tédio e fazendo o espectador achar que o filme é infinito.
   As atuações de Ewan Mcgragor como Phillip Morris e do brasileiro Rodrigo Santoro como Jimmy são muito boas. Jim Carrey como o gay trambiqueiro Steven Russell tem uma interpretação igual a de outros personagens de sua carreira, portanto agradará o público que gosta do seu estilo de comédia.
   Enfim, é o tipo de filme que faz vc se perguntar porque não esteve fazendo coisa mais proveitosa ao invés de assistí-lo.






As melhores coisas do mundo





Direção: Lais Bodansky
Brasil, 2010, 107 min.
Assistido em: 08/03/2011

  Cotação:




   Mais um excelente filme de Laís Bodansky que também dirigiu o longa “Chega de Saudade” (2007). O roteiro de Luís Bolognesi, inspirado na série de livros “Mano” de Gilberto Dimenstein e Heloisa Prieto, trata da vida de alguns adolescentes da classe média paulistana com suas descobertas e angústias. 
   Tendo como cenário principal uma escola, o filme passeia por assuntos como a primeira transa, as paixões, ética na escola, problemas familiares, tudo relatado pelo personagem Mano interpretado pelo jovem ator Francisco Miguez. A influência das redes sociais e da tecnologia como um todo na vida desses adolescentes também é motivo para reflexão. 
   O elenco quase todo inexperiente dá muita veracidade e carisma para a trama e o ritmo do filme é muito agradável. Destaque para a canção "Something" dos Beatles que embala as experiências de Mano e deixa o longa ainda mais leve.
   Enfim, “As melhores coisas do mundo” vem pra divertir, emocionar e embalar nossas lembranças adolescentes.


Elenco:

Francisco Miguez -  Mano
Fiuk - Pedro
Denise Fraga - Camila
Zé Carlos Machado - Horácio
Gustavo Machado - Gustavo
Gabriela Rocha - Carol
Caio Blat - Professor Artur
Paulo Vilhena - Marcelo, o Professor de violão





"Something" dos Beatles



Trailler do filme







Elizabeth




Direção: Shekhar Kapur
Reino Unido, 1998, 124 min.
Assistido em: 08/03/2011  

   Cotação: 



   Filme sobre a vida de Elisabeth I, filha bastarda de Henrique VIII que ascendeu ao trono em 1558 com a morte de sua meia irmã Maria I. A trama fala dos primeiros anos do reinado de Elizabeth que assume um país enfraquecido e fragmentado por brigas religiosas (católicos X protestantes). Em meio a todas as conspirações, a rainha passa por inúmeras angústias, mas com muita personalidade transforma a Inglaterra num reino forte e rico.
   Considerando como um todo, o filme é excelente,  atuação de Cate Blachett como Elizabeth é muito boa e consegue fazer o espectador imaginar todas as dificuldades enfrentadas por uma rainha jovem e bastarda, o figurino de época e a maquiagem são belíssimos, e o ritmo da trama consegue envolver.
   Tem como pontos fracos a interpretação enfadonha e não convicente de  Joseph Fiennes como Robert Dudley, amante da Rainha, e os conflitos entre católicos e protestantes que se reduziram a personagens com "cara feia".
   Enfim,  é um longa que vale a pena ser visto por sua beleza e conteúdo histórico.

Curiosidade:
a) Ganhou em 1999 o Oscar de melhor maquiagem sendo indicado em mais outras seis categorias.


Cate Blanchett e Rainha Elisabeth I