Rio







Direção: Carlos Saldanha
EUA, 2011, 96min.
Assistido em: 16/04/2011


 Cotação:



   Dirigido por Carlos Saldanha, brasileiro que dirigiu a trilogia "A Era do Gelo", "Rio" vem com a proposta de homenagear o Brasil retratando as belezas do Rio De Janeiro.
   A trama tem início quando Blu, uma arara azul, é capturado por contrabandistas, ainda filhote, indo parar em Minnesota(EUA). Blu volta ao Brasil quando Júlio, um ornitólogo, o encontra e o convence, juntamente com sua dona, Linda, da importância de perpetuar a espécie evitando a extinção.
   Mesmo com os furos no roteiro e a retratação caricata do Brasil como um país caranavalesco desprezando as nuances culturais de um povo diverso, o filme irá agradar aos espectadores pelo seu colorido exuberante, pelo carisma dos personagens que garantem boas risadas e pela animada trilha sonora feita pelo produtor musical Sérgio Mendes. A prova disso é que a animação custou U$ 90 milhões à Century Fox e arrecadou em apenas três dias R$ 13,5 milhões no Brasil ficando no top 5 de bilheteria de abertura na história do cinema no brasileiro, liderando também a bilheteria a americana.


No Meu Lugar




Direção: Eduardo Valente
Brasil, 2009, 105 min.
Assistido em: 10/04/2011


 Cotação:



   Primeiro longa dirigido por Eduardo Valente, "No meu lugar" tem uma trama simples que tem início com uma intervenção policial num assalto a uma casa de classe média. Após esse evento, o filme passa a contar três histórias em tempos diferentes até o momento em que os personagens se cruzam resultando no acontecimento que deu início a trama.
   A montagem das cenas é excelente, fugindo da tradicional linearidade narrativa ao encaixar sequências temporais diferentes que forçam o espectador a observar os detalhes para tirar suas próprias conclusões e a abordagem de temas como a violência e os contrastes sociais é feita naturalmente, como se  fossem elementos inerentes a realidade de uma grande cidade.
   Mesmo com um elenco, em sua maioria, desconhecido do grande público, as atuações são convicentes e os personagens cativam pela veracidade com que vivenciam todos os fatos.
   Enfim, é um filme excelente e com certeza irá agradar aos espectadores que procuram uma novidade, algo diferente do que tem sido proposto nos filmes brasileiros com a mesma temática.











As Mães de Chico Xavier





Direção: Glauber Filho e Halder Gomes
Brasil, 2010, 111 min.
Assistido em: 09/04/2011


 Cotação:



   Produzido para encerrar as comemorações do centenário de Chico Xavier e inspirado no livro "Por Trás do Véu de Ísis" de Marcel Souto Maior , "As mães de Chico Xavier" decepciona pela forma forçada com que tenta despertar os sentimentos do espectador, apelando para cenas excessivamente melodramáticas.
   O que salva a produção do total fracasso é o esforço individual dos atores. Destaque para Nelson Xavier que está muito a vontade como Chico e para a tríade feminina  (Vanessa Gerbelli, Tainá Müller e Via Negromonte) que consegue dar credibilidade a algumas cenas.
   Apesar de sua péssima montagem que deixa um vácuo entre a transição das cenas e da má escolha da trilha sonora, entre outros defeitos estéticos, o filme conquistará uma boa bilheteria por  ter um público cativo que consome esse tipo de produção e por conseguir manipular as emoções do grande público.


Os olhos de Julia





Direção: Guillem Morales
Espanha, Los ojos de Julia, 2010, 112 min
Assistido em: 03/04/2011



 Cotação:



   Produzido por Guillermo Del Toro e protagonizado por Belén Rueda, "Os Olhos de Julia"  tem como ponto a seu favor o fato de prender a atenção do espectador até o fim, criando uma atmosfera de tensão que nos deixa tão angustiados quanto a personagem. 
   A trama se desenvolve em volta de Julia que sofre de uma doença degenarativa que causa a perda da visão, assim como sua irmã que já havia perdido a visão e comete suicídio em condições misteriosas.  Mesmo contra a vontade de seu marido, Julia decide investigar as causas reais da morte de sua irmã e percebe que está sendo seguida por alguém. Todos os fatos acontecem ao mesmo tempo em que a personagem perde progressivamente a sua visão e as cenas são construídas com uma combinação de luz e sombras que levam o espectador a ver os fatos como se estivessem como os olhos da personagem.
   O filme seria excelente se não fossem as falhas de roteiro, pois são criadas pistas falsas e o assassino é caricato e previsível deixando no desfecho uma certa frustração. Mesmo com suas falhas, esse thriller é uma ótima sugestão para quem gosta de suspense e horror.  



Trailler de "Os Olhos de Julia"

Flipped




Direção: Rob Reiner
EUA, 2010, 90 min.
Assistido em: 28/03/2011


  Cotação:


   
   Em "Flipped" somos apresentados a Juli Baker e Bryce Loski, vizinhos desde  os 7 anos de idade que aparentemente mantém uma relação de amizade, mas logo percebemos que Bryce se sente perseguido por Juli enquanto a garota é "apaixonada" por ele.
   Inicialmente o filme aparenta ser mais um daqueles clássicos de romance adolescente como "Meu primeiro amor" ou "Abc do amor" com trama simples e previsível, mas surpreende pela forma como o roteiro se desenvolve, mostrando as idas e vindas do relacionamento de Juli e Bryce nos pontos de vista masculino e feminino, detalhe que torna a trama interessante e envolvente.
  Destaque para os atores mirins Madeline Caroll e Callan McAuliffe que são muito carismáticos e conquistam facilmente o espectador e ainda para a escolha da música "Hey Baby" de Bruce Channel que toca em uma das cenas e faz parte da trilha sonora do clássico "Dirty Dancing - Ritmo Quente (1987)".






Hey baby - Bruce Channel